Saúde

Dia Mundial da Doença de Chagas: Conscientização, Prevenção e Tratamento

Dia Mundial da Doença de Chagas: Conscientização e Prevenção

No dia 14 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Doença de Chagas, uma data que busca conscientizar a população sobre a importância da prevenção e tratamento precoce dessa doença. Incluída no calendário mundial em 2019, a data é destacada pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA) como uma oportunidade de alertar sobre os riscos e impactos da doença de Chagas.

A doença de Chagas, também conhecida como doença do “barbeiro”, faz parte do grupo das doenças negligenciadas, que afetam principalmente as populações mais pobres, que vivem em áreas rurais remotas e em favelas, e aquelas com acesso limitado aos serviços de saúde. Conforme publicação da Fiocruz, a doença de Chagas é uma doença infecciosa, muitas vezes parasitária, que apresenta duas fases distintas: aguda e crônica.

Na fase aguda, os sintomas podem incluir febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza intensa, inchaço no rosto e pernas. Já em fases mais avançadas, a doença pode comprometer o coração, esôfago ou intestino. Por isso, a conscientização sobre a doença é essencial para melhorar as taxas de diagnóstico precoce e tratamento.

De acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que pelo menos 1 milhão de pessoas no Brasil sejam afetadas pela doença de Chagas, resultando em mais de 4 mil mortes a cada ano. Estima-se também que cerca de 70 milhões de pessoas vivam em áreas de exposição e estejam em risco de contrair a doença.

Transmissão e Prevenção

A doença de Chagas pode ser transmitida através do contato com as fezes do inseto “barbeiro”, pela ingestão de alimentos contaminados, por meio da transfusão de sangue ou transplante de órgãos de pessoas infectadas, e até mesmo de mãe para filho durante a gestação.

O tratamento da doença de Chagas deve ser indicado e acompanhado por um médico, após a confirmação do diagnóstico. Os medicamentos necessários estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Já a prevenção está diretamente relacionada ao modo de transmissão.

Uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, através da aplicação de inseticidas residuais, feita por equipe técnica habilitada. Recomenda-se também o uso de mosquiteiros ou telas metálicas em áreas onde os insetos possam entrar nas casas.

Além disso, é importante adotar medidas de proteção individual, como o uso de repelentes e roupas de mangas longas durante atividades noturnas em áreas de mata. Para prevenir a transmissão oral, é fundamental intensificar as ações de vigilância sanitária e inspeção em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos suscetíveis à contaminação.

Caso encontre um inseto “barbeiro”, é importante não matá-lo, mas sim capturá-lo e levá-lo para a vigilância sanitária mais próxima ou entregá-lo a um agente de saúde, para que seja possível verificar se ele está infectado.