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China argumenta na Corte Internacional de Justiça sobre o direito à violência do povo palestino

A China apresentou seus argumentos na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, defendendo o direito do povo palestino que vive sob a ocupação de Israel de recorrer à violência para alcançar a autodeterminação. Segundo o embaixador chinês, Ma Xinmin, é necessário distinguir entre a luta armada legítima e os atos de terrorismo.

A China afirmou que o povo palestino recorre à força para resistir à opressão estrangeira e buscar a independência, um direito inalienável e bem fundamentado no direito internacional. O país também argumentou que a ocupação de Israel é ilegal e defendeu a solução de dois Estados, um israelense e outro palestino, por meio de negociações.

Além disso, a China ressaltou que a potência ocupante não tem direito à autodefesa dentro dos territórios ocupados. O embaixador Ma Xinmin citou resoluções da Assembleia Geral da ONU que reconhecem a legitimidade da luta armada para concretizar o direito à autodeterminação.

No entanto, a China destacou a importância de que mesmo uma luta armada legítima respeite os direitos humanos e cumpra o Direito Humanitário Internacional. O representante chinês lamentou que a ocupação de Israel na Palestina continue sem perspectiva de acabar, privando os palestinos de seus direitos legítimos.

A CIJ, principal órgão jurídico da ONU, foi provocada pela Assembleia Geral a se manifestar sobre a ocupação de Israel na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. O Brasil e outros 52 estados também se inscreveram para comentar o tema. Ainda não há data para a publicação do parecer da CIJ.