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Solidão: um desafio global para a saúde

Solidão: um desafio global para a saúde

A epidemia silenciosa se expande, atingindo pessoas de todas as idades, em todos os cantos do mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou uma iniciativa revolucionária: a Comissão Internacional para Conexão Social. Sob a liderança do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, do cirurgião-geral dos EUA, Vivek Murthy, e da voz da juventude representada por Chido Mpemba, essa comissão surge como uma resposta urgente à solidão, agora reconhecida como uma ameaça premente para a saúde global.

Ghebreyesus alerta sobre os perigos que acompanham a falta de laços sociais, apontando para riscos como acidentes vasculares cerebrais, ansiedade, demência, depressão e até suicídio. Mpemba ressalta que a solidão não poupa os jovens e que o isolamento social não discrimina idade ou localização.

Contrariando a percepção comum, a solidão não é um problema exclusivo de idosos em nações desenvolvidas. Estatísticas da OMS revelam que um em cada quatro idosos e entre 5 a 15% dos adolescentes sofrem com o isolamento social.

A Comissão sobre Conexão Social promete ações concretas. Murthy enfatiza a importância de investimentos no tecido social da sociedade, equiparando o enfrentamento da solidão a outras preocupações de saúde global, como tabagismo e obesidade.

Essa comissão, apoiada por especialistas da OMS em Genebra, inicia sua jornada em dezembro, com a missão de publicar um relatório abrangente em dezoito meses, delineando estratégias para os próximos três anos.

Diante do desafio, a mensagem é clara: a solidão é uma ameaça à saúde que exige ação imediata e global.