Estudo revela violência contra pessoas em situação de rua em Curitiba

Estudo revela violência contra pessoas em situação de rua em Curitiba

Um estudo conduzido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) lança luz sobre a violência contra pessoas em situação de rua na Região Metropolitana de Curitiba. A pesquisa, baseada em denúncias coletadas pelo Observatório Estadual de Direitos Humanos da População em Situação de Rua do Paraná, revelou que a maioria dos incidentes envolve violência física.

O estudo analisou casos ocorridos entre maio e novembro do ano passado e identificou 30 ocorrências. Cada caso poderia envolver várias formas de violência. Segundo a pesquisa, o perfil mais comum dos denunciantes são pessoas que estão em situação de rua entre seis meses e um ano, muitas vezes mais propensas a denunciar devido ao empobrecimento que as levou a essa condição.

As principais categorias de violência incluem violência física, discriminação, violência psicológica, negligência e violência institucional. Esta última engloba abuso policial, abuso de autoridade, entre outros. Cinco casos relataram a morte de pessoas em situação de rua, algumas supostamente devido à remoção forçada de abrigos.

A pesquisa também ressaltou a atuação da Guarda Municipal nas violações, especialmente contra homens pretos em situação de rua. Ela revelou que 47% das vítimas eram pardas, 41% pretas e 12% brancas.

O estudo enfatiza que as violações de direitos humanos não se limitam a ações individuais de agentes públicos, mas são muitas vezes resultado de operações higienistas conduzidas pelo poder público. Isso indica a necessidade de mudanças sistêmicas para garantir os direitos e a dignidade das pessoas em situação de rua.

Este estudo destaca a importância de abordar e combater a violência contra a população em situação de rua, promovendo a igualdade e a justiça social.